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  • Foto do escritorPaulo Bandeira

Como você enxerga seu corpo?


É muito recorrente as críticas feitas aos padrões estéticos-sociais no que tange ao corpo. Pois bem, é claro que devemos abraçar esta causa para não aceitarmos modelos, moldes, ou padrões idealizados de beleza. Afinal, a "estética" enquanto reflexão filosófica é a apreciação do "belo" feita pelo sujeito e não para o sujeito. Disto isto, pensemos também no que fazemos com este padrão social instituído, imposto e que direciona nosso olhar sobre nós mesmos. Mais do que criticar estes padrões, é importante saber, desconstruir e ressignificar nossa identidade resumida numa adequação. Talvez, seria importante nos flagrarmos ratificando estes padrões. Considerando que o ser humano é movido pela falta, o olhar procura, deteriora e rebaixa o que há de belo em nós mesmos. E aqui damos um passo a mais, já que além de padrões sociais impostos, seguimos padrões, pela falta e incompletude provindo do meu espelho. Olhamos e não nos identificamos. Olhamos e supervalorizamos apenas o que há em excesso. Concluímos que o excesso nos define. Segue-se daí que o excesso é retirado às penas do bisturi. Pronto! Retiramos o que sobra em nosso corpo para alimentar nossa falta. É importante destacar que está não é uma reflexão piegas sobre banalização das intervenções cirúrgicas. O que ressalto é o que nos mobiliza para tal. E o que nos mobiliza nunca, atenção, nunca é padronizado. Nosso olhar enxerga que falta? Em que excesso esconde minha falta? Minha estória, meu corpo, minhas limitações individuais mal elaboradas me levaram a chegar até onde? Por que aprendi a olhar para mim com esse olhar deturpante de eterna incompletude? Responda você... Poderia ser estas questões que envolvem sua lá análise pessoal. As perguntas podem ser conduzidas por mim, mas as respostas, se elas existem, não se descolam da exclusividade das suas elaborações.


Paulo Bandeira


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