Desvie o foco do
autoconhecimento,
pois você passou
a vida toda afirmando
seu "jeito". A fuga está aí, já que olhar para o espelho dói mais que quebrá-lo. Mas, calma! O caminho de construção da sua imagem para si e para o outro levou muito tempo. Não queira instituir de um solavanco o enfrentamento de seus "fantasmas". Descobrir que eles não existem leva tempo e muito investimento. Uma vez escutei de um amigo psiquiatra que avisava aos seus pacientes que "fantasmas não existem". Ele falava isso para aqueles pacientes que reclamavam do medo de ver, tempos depois, pessoas amadas, desejadas e bem quistas subtraídas de suas vidas. Do contrário, é necessário afirmar que os "fantasmas" existem. Eles estão nos padrões de repetição e nas crenças reafirmadas, sem qualquer questionamento e, do contrário, promover uma desconstrução necessária. O que os pacientes do Dr. via estava enterrado na dificuldade de livrar-se do medo e encontar seus próprios "fantasmas" que no decorrer da vida os assustaram. Eles fugiam, sem sombra de dúvida, de seus próprios enfrentamentos diante da frustração de relacionamentos "mal resolvidos". O mecanismo da fuga é um mecanismo de defesa mais comum que encontramos. Seu mandamento principal é: "fuja, os fantasmas existem".
Paulo Bandeira
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