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  • Foto do escritorPaulo Bandeira

O não-saber-de-si


É duro, é difícil, mas o processo analítico não pode ser "bancado" por qualquer um. O saber-de-si não implica apenas o autoconhecimento. Enfrentar uma desconstrução que foi edificada por anos e solidificada por confirmações sociais e familiares, realmente não é para qualquer um. Se você está em um processo analítico, orgulhe-se pois já venceu a maioria. O espelho, muitas vezes, apresenta um imagem padronizada e exibida para os outros. Por trás daquela imagem idealizada e rotulada, existe o sujeito nu. Como está sempre escondendo suas "vergonhas", merece o título de fingidor. E assim vamos fingindo, escondendo e teatralizando nossas vidas conforme os papéis que nos são atribuídos desde nossa infância. Por que você acreditou neste roteiro de determinações externas que lhe impuseram demandas que não são suas? Onde estão os fundamentos que te fizeram abandonar seus desejos e seguir o rumo de destinos artificialmente construídos por terceiros? Estas e outras questões só poderão ser enfrentadas se bancarmos nossa "análise". A falta só é falta se soubermos identificar o que de genuíno foi dilacerado e arrancado de nossa carne para atender ao outro. Se sou o outro, do outro e para o outro, por que deparar-me comigo? Talvez, quebrar o espelho seja uma atitude de desconstrução, no momento em que o recurso à conferência de nossa imagem perde o sentido de adequação.


E aí está pronto para bancar sua análise?


Paulo Bandeira


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